No dia 28 de fevereiro, celebramos o Dia Mundial de Luta contra a LER/DORT. Talvez você não saiba, mas esse é um problema de saúde pública relacionado ao trabalho que afeta mais as mulheres do que os homens.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre o que é a LER/DORT, fatores de risco e como você pode se prevenir. Continue lendo para saber mais!
O que é LER/DORT?
LER é a sigla para lesões por esforço repetitivo e DORT, para distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Ao contrário do que se pensa, a LER (como é conhecida) não é uma doença, mas sim um grupo de doenças que afetam tendões e musculaturas. Entre elas, estão as tendinites, lombalgias e mialgias.
Normalmente, as LER afetam os membros superiores (ombros, braços e mãos) e a coluna. Mas elas podem se desenvolver em qualquer parte do corpo que seja sobrecarregada durante a atividade laboral.
O que causa LER/DORT?
Como você já viu acima, as LER/DORT são doenças relacionadas ao trabalho. Então, suas causas estão ligadas ao exercício de algumas profissões. Apesar de se pensar no “esforço repetitivo”, ele não é a única causa das LER e existem diversos fatores que podem desencadear as lesões.
Trabalhadores que atuam em alguns setores estão mais propensos a desenvolver algum tipo de LER. É o caso dos que trabalham com operação de máquinas, serviços domésticos ou limpeza e cozinha.
Além disso, profissionais que passam muito tempo na mesma posição, como digitadores, também podem ter problemas. Outras causas relacionadas a esse tipo de ofício são mobiliário inadequado e má postura.
Outros fatores de risco
Por mais que se acredite que a incidência de LER/DORT tem a ver apenas com a ergonomia do ambiente, existem outros fatores de risco que contribuem para o aparecimento das lesões.
Alguns deles ainda estão relacionados diretamente com o trabalho, como jornadas muito extensas e o desrespeito aos limites corporais do trabalhador. Questões ambientais, como pisos inadequados, temperatura e iluminação também podem ser agravantes.
Mas existem, também, fatores genéticos que interferem no aparecimento das LER/DORT. Algumas pessoas podem ter grupos musculares mais resistentes e capazes de lidar com menos estresse na execução das atividades laborais. Por isso, alguns indivíduos podem sentir apenas um desconforto enquanto outros podem ter lesões que se tornam problemas crônicos com o tempo.
LER/DORT e ergonomia
Nos últimos anos, muito se falou sobre a importância da ergonomia na prevenção de lesões relacionadas ao trabalho. Entretanto, estudos recentes já demonstram que apenas um mobiliário econômico no ambiente de trabalho não resolve o problema.
Pelo contrário, em alguns casos as tentativas de intervenção em ambientes de trabalho considerados patológicos até agravaram o problema. Você pode estar se perguntando o porquê disso. A razão é que as causas das LER também estão relacionadas com a organização do trabalho, e não apenas com a infraestrutura.
Em outras palavras, mais do que um ambiente ergonômico, é importante cuidar das condições de trabalho para que os funcionários não tenham lesões. Fazer pausas recorrentes, promover um ambiente de trabalho tranquilo e até mesmo incentivar a ginástica laboral nas empresas é essencial para a prevenção das LER/DORT.
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LER/DORT: prevenção e tratamento
Como você já viu acima, a prevenção das LER/DORT está muito mais nas mãos dos empregadores do que dos funcionários. Para evitar o adoecimento do profissional, é essencial que a empresa garanta um ambiente adaptado para as necessidades dos trabalhadores, do mobiliário à organização do trabalho.
Promover pausas durante a jornada, incentivar a prática de exercícios físicos, aderir aos alongamentos e ginástica laboral na rotina e garantir um ambiente ergonômico são algumas medidas que podem ser tomadas para melhorar a qualidade de vida dos funcionários e evitar o adoecimento. Além disso, é essencial levar a sério as queixas e incentivar que o funcionário procure ajuda médica caso esteja sentindo dores. Afinal, as lesões relacionadas ao trabalho evoluem de forma lenta e podem se tornar crônicas, trazendo prejuízos para a empresa e, principalmente, para a pessoa lesionada.
O tratamento vai variar muito caso a caso. Ele pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, repouso, prática de exercícios físicos de fortalecimento da parte do corpo afetada e, em situações mais graves, pode ser necessário uma intervenção cirúrgica. Por isso é essencial incentivar que se busque ajuda o mais cedo possível!
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