Conheça as doenças de verão e saiba como evitá-las

Conheça as doenças de verão e saiba como evitá-las

O verão é uma estação maravilhosa para muitas pessoas. É época de férias escolares, festa, calor, sol, praia… mas junto com todas as coisas boas, vêm também algumas doenças de verão bem comuns em países em que as altas temperaturas chegam com tudo.

Leia também: Cuidados com a saúde: 5 dicas para você colocar em prática nos dias mais quentes

Por que algumas doenças são mais comuns no verão?

Isso acontece devido a diversos fatores. Pode ser por causa do calor e das chuvas, comuns nessa época, que aumentam a umidade. É um ambiente perfeito para micro-organismos como fungos e bactérias. Um outro motivo é a falta de saneamento básico e os impactos ambientais da estação. Eles criam o ambiente que vetores de doenças, como mosquitos, adoram. E também existem outras doenças que acontecem por causa dos nossos hábitos.

Você sabe quais são as mais comuns? Neste artigo, vou te apresentar todas elas e mostrar como preveni-las!

 

1. Dengue, zika e chikungunya

As três doenças são muito parecidas, com algumas variações no sintomas, e todas têm algo em comum: são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

Aqui no Brasil, as campanhas de prevenção acontecem o ano inteiro, mas são consideradas doenças de verão. Afinal, chove muito nessa época do ano e os mosquitos gostam muito do calor e se reproduzem em água parada.

Sintomas

Cada uma das doenças tem seus próprios sintomas e apenas exames de laboratório são capazes de identificá-las. Até mesmo médicos podem se confundir pelo exame clínico do paciente.

Mas alguns sintomas comuns são a febre, dores pelo corpo, coceira e vermelhidão. Neste artigo do blog do Dr. Drauzio Varella, você confere com detalhes a diferença entre dengue, zika e chikungunya

Como se prevenir

Você já deve saber que a melhor maneira de prevenir a dengue (e outras doenças de verão transmitidas pelo mosquito) é cuidando do ambiente. O mais importante é eliminar todos os pontos de água parada, inclusive pequenos objetos, como tampas de garrafa. 

Portanto, não basta apenas tomar cuidado com vasos, bebedouros de animais, garrafas ou pneus. Você também manter seu quintal ou terreno limpo, sem pedaços plásticos, embalagens e outros objetos que acumulam água.

Além disso, usar repelente é uma forma de evitar as picadas de mosquito. Mas cuidado! Eles não podem ser usados em bebês. Telar janelas, dormir com mosquiteiro e usar roupas que cobrem os braços e pernas são outras formas de evitar os mosquitos. Afinal, você pode cuidar do seu quintal, mas não tem controle sobre a casa dos outros, não é?

Ah, e sempre permita que os agentes de saúde do governo façam a vistoria quando baterem na sua casa!

 

2. Micoses na pele

As micoses são provocadas por fungos e são uma doença de verão bem comum. Porém, ao contrário do que muitos pensam, a culpa não é da areia da praia.

Duas amigas abraçadas na praia, ao entardecer, tomando sorvete e protegidas das doenças de verão. Elas são morenas, estão com o cabelo molhado e usando maiôs

Fungos gostam de ambientes quentes e úmidos. No calor, muitas pessoas vão à praia, piscina, usam chuveirão ou até mangueira no quintal. E ninguém vai se secar e trocar de roupa logo depois de se molhar, não é? É aí que os fungos encontram lugares para se reproduzir, geralmente partes mais quentes do nosso corpo, que demoram mais para secar. Só para ilustrar, algumas regiões são as dobrinhas, virilha ou entre os dedos dos pés.

Aliás, mesmo que você não aproveite tanto assim a estação, ainda pode ter micoses. Ainda mais se você transpira muito e não usa roupas leves, que secam rápido, ou calçados ventilados. O corpo suado também é um ambiente bem quente e cheio de umidade para os fungos se reproduzirem!

Sintomas

Cada tipo de micose tem seus próprios sinais e sintomas, inclusive aquelas que não são doenças de verão. Ainda assim, existem alguns sintomas para você se atentar, principalmente se apareceram de repente:

  • Coceira ou pele descamando
  • Manchas brancas ou avermelhadas
  • Vermelhidão
  • Rachadura entre os dedos

Os lugares mais comuns para o surgimento dos sintomas são entre os dedos dos pés, na virilha ou nas dobras do corpo, mas micoses podem aparecer até no couro cabeludo.

Como se prevenir

O principal cuidado que você deve tomar para não ter micoses de pele no verão é com a umidade. Então, sempre que for dar um mergulho ou se refrescar no seu quintal, procure trocar a roupa molhada o mais rápido possível.

Além disso, você pode tomar alguns outros cuidados:

  • Use roupas de tecidos respiráveis, como algodão.
  • Dê preferência a calçados frescos. Se, por exemplo, você precisa trabalhar com botas de proteção, use meias de algodão e tire os sapatos por alguns minutos sempre que possível.
  • Em vestiários compartilhados, clubes e outros espaços em que o piso está sempre molhado, use chinelos.
  • Não compartilhe objetos pessoais, como escovas de cabelo e toalhas, pois as micoses são contagiosas.

 

3. Desidratação

Nosso corpo transpira o ano inteiro, pois essa é uma forma de regular sua temperatura. Mas no calor, é claro, a transpiração é muito mais intensa. 

O problema é que muitas pessoas já não têm o hábito de beber a quantidade de água suficiente para manter o corpo funcionando. E aí, quando a necessidade aumenta, o corpo sofre as consequências. Por isso, é uma doença de verão bastante comum – e perigosa!

Homem negro praticando exercício na beira do mar, com fones de ouvido e tomando uma garrafa de água para se prevenir da desidratação, uma doença de verão

Isso porque o corpo precisa de água para manter as funções vitais, então a falta dela pode trazer diversos problemas. Ela pode, inclusive, trazer danos cerebrais e levar à morte.

Sintomas

A desidratação pode ser leve, moderada ou severa e os sintomas são diferentes.

Desidratação leve a moderada:

  • Sede exagerada. 
  • Boca e pele secas. 
  • Diminuição do suor e das lágrimas. 
  • Moleira afundada, no caso dos bebês. 
  • Dor de cabeça.
  • Sono excessivo.
  • Tonturas, fraqueza e cansaço.

Desidratação severa: 

  • Queda de pressão.
  • Perda de consciência.
  • Convulsões.
  • Coma.

Como já te disse ali em cima, se a desidratação não for tratada, ela pode levar à falência de órgãos e até à morte.

Como se prevenir

Bem, você já deve ter percebido que a melhor forma de evitar a desidratação é beber bastante água. Mas isso é bem difícil para algumas pessoas. Então, se for o seu caso, anote algumas dicas:

  • Coloque o despertador para te lembrar de beber água durante o dia.
  • Beba ao menos um copo de água sempre que for ao banheiro. Associar um novo hábito a uma atividade do seu dia facilita para que ele comece a fazer parte da sua vida!
  • Carregue sempre uma garrafa cheia com você e conte quantas bebe por dia. Se coloque o desafio de beber uma, duas, três por dia, até atingir a meta de 2,5L diários.

Você pode tomar outros cuidados para evitar a desidratação, também:

  • Evite sair de casa nos horários de sol muito forte.
  • Não pratique exercícios físicos ao ar-livre nos horários de sol forte ou nos dias muito quentes.
  • Se você trabalha na rua, beba muita água, sempre que possível.
  • Coma frutas com bastante água, como a melancia.
  • Preste atenção na ingestão de água de idosos e bebês. Eles são as principais vítimas da desidratação, sabia?

E ao menor sintoma, busque atendimento médico imediatamente.

 

4. Insolação

De uma forma simples, a insolação é o aumento da temperatura do corpo e geralmente acontece depois de uma longa exposição ao sol. Você pode pensar que é uma doença de verão porque, além do sol forte, nessa época ainda contamos com muito calor e umidade, que também aumentam a temperatura corporal.

E ao contrário do que muitos pensam, a insolação não tem a ver somente com a queimadura de sol. Mas a queimadura é apenas um dos sintomas da insolação. Você pode, inclusive, ter a doença sem queimaduras.

Sintomas

A insolação tem alguns sintomas que surgem lentamente, mas outros são repentinos. Por isso, preste atenção no seu corpo nos dias quentes. Entre aqueles que surgem lentamente, podemos apontar:

  • Dor de cabeça. 
  • Tontura.
  • Náusea.
  • Pele quente e seca, sem suor. 
  • Queimaduras na pele.
  • Confusão mental.

Já os sintomas que aparecem de repente incluem respiração rápida e difícil, palidez, extremidades arroxeadas e temperatura corporal alta. Em casos mais extremos, a pessoa pode até entrar em coma. Por isso, fique atento!

Como se prevenir

Os principais cuidados com a insolação não são muito diferentes daqueles que você precisa tomar para não ter uma desidratação.

  • Em dias muito quentes, evite ficar muitas horas no sol, especialmente das 10h da manhã às 16h.
  • Se você trabalha na rua, use roupas e chapéus para se proteger do sol.
  • Use filtro solar diariamente, principalmente se for passar muitas horas no sol.
  • Procure ficar à sombra sempre que possível ou, pelo menos, alternar horários de sol e sombra.
  • Beba muita água.
  • Cuide de crianças e idosos, pois eles são as maiores vítimas da insolação também!

Mulher negra, de cabelos encaracolados, sorrindo e passando filtro solar no rosto

E se identificar algum sintoma muito grave ou persistente, procure ajuda médica o mais rápido possível.

 

5. Intoxicação alimentar

Por causa das altas temperaturas, os alimentos estragam muito mais rápido no verão. Isso faz com que a intoxicação seja uma doença de verão bem comum! Já deve ter acontecido com você ou alguém próximo, aliás. Foi curtir uma praia, passou o dia na areia, comendo de ambulantes ou barraquinhas… e depois teve uma noite bem difícil.

Não é lenda urbana: a comida armazenada de forma inadequada, com o calor, é um ambiente perfeito para fungos e bactérias.

E você sabia que a intoxicação alimentar ainda está relacionada com outra doença de verão? Pois é. Como causa vômito e diarreia, você ainda corre o risco de ter, por tabela, uma desidratação. Mais um motivo para tomar cuidado, concorda?

Sintomas

Além de vômito e diarreia, outros sintomas comuns de intoxicação alimentar são:

  • Dores abdominais.
  • Cólicas.
  • Mal estar em geral.
  • Febre.

E lembre-se: intoxicação é diferente de alergia a alimentos. Intoxicação não causa coceira, vermelhidão na pele, incômodo na garganta, inchaço ou nariz escorrendo, por exemplo. Isso tudo é sintoma de alergia alimentar! Portanto, se você viajou, provou alguma comida nova e teve uma reação dessas, procure um médico para investigar.

Como se prevenir

Para se prevenir da intoxicação alimentar, o maior cuidado que você precisa tomar é com o armazenamento e procedência dos alimentos. Se for comer na rua, preste atenção na higiene do local, principalmente se servem alimentos crus.

Na praia, o ideal é levar seu próprio alimento. É verdade que comer petiscos na areia é gostoso, mas a maioria dos ambulantes e barracas não têm um recipiente ou espaço adequado para armazenar os alimentos. Além disso, eles podem não ser tão frescos quanto você gostaria, feitos em óleo reaproveitado e assim por diante.

E não pense que você não corre riscos se for comer em casa. Guarde as compras no local adequado e evite pratos que levam ovos crus. Também atente às datas de validade, a cor e o cheiro dos alimentos. Afinal, como está muito calor, eles podem acabar estragando antes do previsto se não forem armazenados da forma certa.

E, é claro, lave sempre as mãos antes de manusear a comida (seja para comer ou cozinhar). Também lave bem os alimentos e, se alguma coisa parecer estragada, não tente salvar. Descarte!

 

6. Brotoeja

A última da nossa lista de doenças de verão é a brotoeja, uma dermatite inflamatória. São aquelas bolinhas vermelhas que aparecem algumas regiões do corpo, como axilas, pescoço e nas dobras da pele.

Elas aparecem porque as glândulas sudoríparas (os canais por onde o suor sai do seu corpo) entopem e, por causa disso, o suor não consegue sair do corpo. Aí surgem as lesões.

Apesar de ser mais comum em bebês e crianças pequenas, adultos também sofrem com o mal.

Mãe e criança deitadas na grama, sob o sol, brincando. Elas estão usando roupas claras, de tecido leve, e estão sorrindo

Sintomas

Os sintomas aparecem na pele e podem variar. Mas os mais comuns são  erupções (feridinhas) e bolhas, manchas vermelhas, saliências, coceira e queimação.

É uma doença de verão muito mais incômoda do que perigosa, é verdade. Ela geralmente desaparece sozinha, quando as temperaturas ficam mais amenas. Entretanto, caso as feridas pareçam infeccionadas ou não melhorar, o ideal é procurar atendimento médico.

Como se prevenir

A prevenção das brotoejas passa, principalmente, por manter a pele limpa e seca durante o verão. Inclusive a dos bebês e crianças pequenas.

  • Evite usar muitas roupas, principalmente roupas muito apertadas, se estiver muito calor.
  • Dê preferência a tecidos respiráveis, como o algodão.
  • Em dias muito quentes, evite atividades que estimulem a produção de suor.
  • Prefira ambientes com ventilador ou ar-condicionado, se possível.

E se as lesões aparecerem mesmo assim, não use nada oleoso na região afetada. Hidratante, filtro solar ou óleos vão entupir ainda mais o canal do suor e piorar a situação.

 

Fique longe das doenças de verão com o Cartão Beneficiar

Muitas doenças de verão têm muito mais a ver com hábitos e cuidados do que com acompanhamento médico constante, é verdade. Mas você pode contar com a ajuda do Cartão Beneficiar para se prevenir!

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