Hoje em dia, muita gente já sabe que falar em métodos contraceptivos não é mais nenhum tabu. Pelo contrário, é um assunto essencial para a saúde reprodutiva. E é justamente devido à popularização do assunto que muitas mulheres procuram informações sobre colocar DIU, valores, como é o procedimento…
Isso porque o DIU é um método contraceptivo com poucas contraindicações e de baixa manutenção! Então, se você quer saber mais sobre o assunto, continue a leitura deste post e descubra se é a melhor opção para você!
O que é o DIU e como funciona
DIU é a sigla de dispositivo intrauterino. Como o nome já diz, é um dispositivo, geralmente em forma de T, que é inserido dentro do próprio útero. Ele é pequeno, flexível e, se ficar bem posicionado, não causa nenhuma dor ou incômodo para a mulher.
Uma vez colocado, ele vai agir somente ali mesmo, dentro do útero. O modo como ele vai agir depende um pouco do tipo escolhido: se é hormonal ou de cobre. Explicaremos isso um pouco melhor a seguir!
Em ambos, entretanto, a vantagem é a mesma: é um método contraceptivo à prova de esquecimento, já que a mulher não precisa se lembrar de fazer nada depois que ele é colocado. O maior cuidado é o acompanhamento médico anual para verificar se ele está bem posicionado!
DIU de cobre
Esse tipo de DIU é feito de plástico, com fios de cobre enrolados nas hastes, e tem a durabilidade de até 10 anos. Quando é inserido no útero, ele torna o ambiente hostil para os espermatozoides e isso dificulta a fertilização do óvulo.
Outra ação do DIU de cobre é dificultar a implantação do óvulo fecundado no útero, por isso ele também pode ser utilizado como contraceptivo de emergência.
A maior vantagem dele é que é um método contraceptivo completamente livre de hormônios e, por isso, pode ser utilizado por mulheres que não podem fazer uso de anticoncepcionais hormonais. Por outro lado, o cobre pode causar a irritação do endométrio e, com isso, aumentar cólicas e o fluxo menstrual.
Agora já existe também o DIU de prata, embora seja mais caro e difícil de encontrar do que o de cobre. Ele funciona da mesma forma e surge como alternativa para quem tem sensibilidade ao cobre.
DIU hormonal
O DIU hormonal também é inserido dentro do útero e, uma vez lá, libera pequenas quantidades de um hormônio chamado levonorgestrel – ele tem a durabilidade de até 5 anos. Além de deixar o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides pelo colo do útero, ele também pode inibir a ovulação em algumas mulheres e dificultar a fixação do óvulo fecundado no endométrio.
As marcas mais populares do DIU hormonal disponíveis no mercado hoje são o Mirena® e o Kyleena® e ambos funcionam de formas bem parecidas, como descrito acima. A maior vantagem deles é que os hormônios são liberados em quantidades muito menores do que o dos anticoncepcionais orais e injetáveis e, por já serem liberados diretamente dentro do útero, não sofrem interferência de medicamentos. Outra vantagem é que ele interrompe o ciclo menstrual, que é um problema para algumas mulheres. Por isso, muitas vezes é recomendado para o tratamento da endometriose!
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O passo a passo da inserção do DIU
O procedimento para inserir o DIU é feito apenas por profissionais da saúde, normalmente um ginecologista ou um médico da família. Ele é bastante simples e, por isso, a maioria dos médicos faz no próprio consultório. De fato, alguns profissionais preferem colocar o DIU em um centro cirúrgico, com sedação, para minimizar o desconforto da paciente, mas na maioria dos casos não é necessário.
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Já no consultório, a paciente fica deitada em posição ginecológica e o médico vai fazer a limpeza da região, antes de medir o tamanho, posição e orientação do útero com um instrumento chamado histerômetro. Isso é importante para que o médico faça a inserção correta do dispositivo. Com as medidas devidamente tomadas, aí sim o DIU é colocado no útero.
O procedimento é bastante rápido: leva, em média, 15 a 30 minutos!
Colocar DIU dói? Possíveis desconfortos e sensações durante o procedimento
O maior medo de muitas mulheres é a dor que vão sentir ao colocar o DIU. Infelizmente não temos como afirmar que é um procedimento completamente indolor, já que é uma sensação que varia bastante entre as pacientes que já colocaram o dispositivo… como o médico precisa pinçar o colo do útero para inserir o DIU, isso pode ser um pouco dolorido, sim.
Algumas mulheres, porém, relatam que sentiram apenas um desconforto durante o procedimento. É comum que o médico faça uma analgesia local para minimizar as dores e você também pode conversar sobre a possibilidade de tomar algum tipo de analgésico. Só não tome medicamentos sem conversar com o médico antes!
Depois do procedimento, é possível que você ainda sinta algum desconforto nas primeiras horas, como dores no abdômen e nas costas. Nesse caso, o médico vai indicar medicamentos que vão aliviar as dores e você também pode fazer compressas quentes, bastante eficientes.
Colocar DIU é seguro?
Sim! O DIU é um dos métodos contraceptivos mais seguros que existe, com índice de falha menor do que até mesmo a laqueadura. Como não exige muito da mulher, não é preciso se lembrar de tomar um comprimido diariamente nem sofre interferência externa de medicamentos ou oscilações na saúde, é difícil não fazer o uso perfeito do método, especialmente se você lembra de fazer o acompanhamento anual para verificar se está bem posicionado.
Além disso, ele tem pouquíssimas contraindicações e, com todos os modelos disponíveis no mercado, é pouco provável que você não encontre algum que se adapta ao seu corpo!
Mas é importante lembrar que ele não protege de infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, por isso é essencial continuar usando a camisinha.
Situações em que o DIU não é recomendado
Existem poucas contraindicações absolutas do DIU.
Tanto o de cobre quanto o hormonal são contraindicados para mulheres que têm alguma anomalia, deformação ou mioma na cavidade uterina em que o DIU será colocado. Ele também é contraindicado para mulheres com doença inflamatória pélvica. Nesse caso, a mulher precisa estar curada há pelo menos 3 meses antes de colocar DIU.
O DIU de cobre, por sua vez, é contraindicado para quem tem alergia ao cobre. Outro caso em que a inserção precisa ser acompanhada de perto é no caso de mulheres que já têm ciclos intensos, com muitas cólicas, e até mesmo as que têm predisposição à anemia e outros problemas semelhantes. Isso porque, apesar de não ser uma regra, ele pode aumentar o sangramento e as cólicas e, em alguns casos, pode se tornar uma complicação.
Já o DIU hormonal não deve ser utilizado por mulheres que já tiveram câncer de mama ou as que têm problemas hepáticos. Ele também não é recomendado para mulheres que não podem fazer uso de contraceptivos hormonais por quaisquer outras razões.
E, por ser um contraceptivo de longa duração, também não é a alternativa mais adequada para mulheres que pretendem engravidar logo. Por mais que ele possa ser retirado a qualquer momento, sem prejuízos, outros métodos podem ser melhores nesse caso.
Quanto custa colocar um DIU
O preço para colocar DIU varia muito de região para região e dos modelos escolhidos. É importante que você tenha isso em mente e saiba que, talvez, aí na sua cidade os preços sejam bem diferentes.
O Mirena® e o Kyleena® custam em torno R$ 1.000. Já o DIU de cobre é uma alternativa muito mais acessível: existem opções que variam de R$ 90 a R$ 400.
Isso não inclui os custos com o médico, que podem ser elevados se você optar por fazer o procedimento em clínica particular e sobem ainda mais se for feito em centro cirúrgico, já que precisa de internação, custo do anestesista etc.
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O DIU de cobre, vale dizer, é coberto pelo SUS e você pode fazer todo o procedimento gratuitamente. A desvantagem, nesse caso, é o tempo de espera, já que é necessário aguardar a sua unidade de saúde disponibilizar as consultas e exames.
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