Muitas mulheres não sabem quando ir ao ginecologista, pois o assunto ainda é um tabu e motivo de vergonha para elas. Por isso, várias chegam à idade adulta sem nunca terem passado pelo médico, o que pode causar grandes problemas a longo prazo.
Um dos motivos é que o ginecologista não cuida apenas da saúde íntima da mulher, mas atua na prevenção ou diagnóstico precoce de doenças. Além disso, é o médico que orienta sobre gravidez e cuidados para evitar as infecções sexualmente transmissíveis.
Continue lendo para saber mais sobre a importância de ir ao ginecologista – ainda mais se você nunca foi antes.
Por que é importante ir ao ginecologista
Agendar uma consulta com um ginecologista é necessário em diversas situações. O médico atua de forma preventiva e pode ajudar a evitar várias doenças do sistema reprodutor, já que ele orienta quanto aos cuidados que devem ser tomados para isso.
Ir ao ginecologista também é importante para o diagnóstico precoce de doenças que, se não tratadas, podem ter complicações que levam até mesmo à morte. As principais são o câncer de colo do útero e o câncer de mama. E se você pensa que ainda é jovem e, por isso, não precisa se preocupar, não pode estar mais enganada!
Segundo a FEMMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), mais de 40% dos casos de câncer de mama são em mulheres com menos de 50 anos. Do mesmo modo, ainda que não seja comum em mulheres mais jovens (com menos de 40 anos), ele é muito mais agressivo nesses casos. Você sabia disso?
O autoexame é muito útil para identificar alterações nas mamas, mas apenas o médico ginecologista pode fazer o diagnóstico.
Leia também: Câncer de mama: 5 formas de diagnosticar
O câncer de colo do útero, por sua vez, é a quarta causa de morte mais comum de mulheres. Só por isso já deveria ser motivo de preocupação, concorda? E para piorar, ele é um câncer que avança devagar e só apresenta sintomas quando já é grave. E é por isso que ir ao ginecologista é tão importante: com um diagnóstico precoce, as chances de ficar bem são muito maiores.
Outras doenças
Além de câncer, manter as visitas ao ginecologista em dia ajuda na prevenção e tratamento de outras doenças. Uma delas é a endometriose, doença no útero que gera muita dor e incômodo. Se não tratada, ela provoca sangramentos e até a infertilidade. Mais do que isso, ela pode atingir outros órgãos, como intestino e bexiga, por exemplo.
Ir ao ginecologista também ajuda na prevenção de ISTs. E, se você já estiver com algum problema, o médico evita que eles se compliquem e causem dores, infertilidade e até a morte.
E o médico não só trata de doenças, como cuida do período menstrual e da parte hormonal, sabia? Ele também ajuda você a evitar uma gestação indesejada, orientando quanto a métodos contraceptivos seguros. E quando você sentir que já é hora de ter um bebê, pode contar com ele para ter uma boa gestação.
Então, continue lendo para saber quando agendar uma consulta.
Quando ir ao ginecologista pela primeira vez?
Se você já é uma mulher adulta e nunca foi ao ginecologista, não adie mais a primeira vez, principalmente se já tem vida sexual ativa.
No tópico anterior, nós já explicamos os motivos da importância de ter esse acompanhamento na sua rotina: você previne doenças, cuida delas antes de evoluírem para quadros mais graves, entende sobre seu corpo, seu período menstrual, aprende sobre métodos contraceptivos… ou seja: tem muito mais conhecimento e autonomia para planejar uma gestação na hora certa para você.
Se esse não é seu caso, seja porque você já tem seu médico de confiança e está em dúvida sobre quando sua filha deve ter sua primeira consulta; seja porque você ainda é adolescente e está curiosa ou com medo da primeira ida ao médico, alguns pontos precisam ser considerados.
Adolescentes também vão ao ginecologista
Muitas vezes, os pais (as mães, principalmente) acreditam que suas filhas só precisam ter sua primeira consulta quando começarem a pensar em ter relações sexuais. De fato, algumas acreditam que só depois isso é necessário. Mas não é bem por aí.
Idealmente, o momento de agendar a primeira consulta é quando o corpo começa a mudar ou quando vem a primeira menstruação. Em outros casos, se a adolescente já chegou aos 16 anos e ainda não teve sua menarca, também é interessante investigar. Outro sinal claro é quando começa a surgir o interesse sexual, mesmo que a menina não tenha a intenção de ter relações ainda.
Em outras palavras, quando os hormônios mostram que estão trabalhando (ou que não querem trabalhar), as orientações dadas pelo ginecologista já são bem-vindas.
Afinal, é uma fase da vida em que a adolescente tem muitas dúvidas e nem sempre a mãe é a pessoa mais indicada para respondê-las, tanto porque talvez ela não saiba as respostas quanto porque mãe e filha podem se constranger com essa conversa.
Quando for ao ginecologista, escolha bem o médico
Pelo que você já leu até aqui, é evidente que a escolha de um profissional para ir ao ginecologista pela primeira vez é tão importante quanto a consulta em si. Afinal, você deve se sentir confortável com o médico ou a experiência pode ser ruim.
Se você é mãe e está lendo este post, talvez queira levar sua filha ao seu médico. Mas também pode ser que ela prefira escolher outro profissional, por qualquer motivo que seja. Se essa escolha for viável, não force a decisão.
Também é possível que a mulher se sinta mais à vontade em se consultar com outra mulher. A decisão é compreensível e bastante comum. Mas se você não tiver essa opção, lembre-se: todo médico deve ter uma conduta ética e profissional dentro do consultório, de maneira a nunca constranger uma paciente.
Em resumo, se for possível escolher o médico, tenha referências – afinal, é fundamental que seja alguém de confiança – e busque aquele que te deixa mais confortável.
Como é a consulta e quais exames ele pode pedir
Você provavelmente tem medo de como será a consulta. Acertei? Pode ficar tranquila, pois é mais tranquila do que parece.
No caso de mulheres que nunca tiveram uma relação sexual, especialmente adolescentes, não é muito diferente daquela feita pelo pediatra. Muitos médicos nem fazem o exame físico na primeira vez, porque entendem que ir ao ginecologista causa medo na paciente.
Em um primeiro momento, vocês vão ter apenas uma conversa. O médico precisa do seu histórico familiar e informações pessoais. Ele quer entender os motivos que te levaram à consulta: se é rotina, se você pensa em ter relações sexuais, se teve sua primeira menstruação etc. Depois, ele faz o exame físico: examina a região íntima, abdômen e mamas.
O normal é que o papanicolau seja pedido apenas para quem já teve relações sexuais. A mamografia também é solicitada para pacientes mais velhas ou com histórico de câncer na família. Os outros exames podem ser pedidos se o médico identificar alterações preocupantes.
Ficar nervosa é normal, mas lembre-se sempre que você está diante de um profissional e ele vai te tratar com ética e respeito. Além disso, tudo o que for dito no consultório está sob sigilo médico, ou seja, ele não tem autorização para compartilhar nada do que você falar ali para ninguém, nem mesmo sua mãe. A única exceção é se for um problema de saúde sério em uma paciente menor de idade.
Com que frequência ir ao ginecologista?
A resposta mais honesta para essa pergunta é: depende.
Para a maioria das mulheres, uma vez por ano é suficiente. Mas isso varia de acordo com o histórico da paciente, seu momento de vida e seus interesses.
Talvez você precise fazer algum rastreamento de doenças que exija duas visitas por ano, por exemplo. Ou talvez seu médico entenda que pode espaçar as consultas e fazer retornos a cada dois anos.
Já se quiser engravidar, por exemplo, talvez precise de mais acompanhamentos, inclusive com médicos especialistas em fertilidade. Se já estiver grávida, as visitas ao ginecologista obstetra com certeza serão mais regulares, para a realização do exame pré-natal.
Em outras palavras, apenas o próprio médico pode te dizer com que frequência você deve agendar as consultas.
Porém existem situações atípicas que talvez diminuam esse espaço.
Sinais de alerta: quando ir ao ginecologista além da rotina
Alguns tipos de corrimentos e odores são normais, é verdade. Por isso, também é muito importante conhecer seu corpo e entender o que é o padrão dele.
Então, se você identificar algum dos sinais listados a seguir, já sabe: corra para o ginecologista.
- Sangramento anormal fora do período menstrual ou durante a gestação;
- sangramento excessivo na menstruação;
- corrimento com cor ou odor muito diferentes;
- cólicas intensas e constantes;
- coceira, ardência ou dor na região genital;
- dor, ardência ou sangramento durante a relação sexual.
Dicas de saúde íntima
Para evitar visitas a mais ao médico, você pode ter alguns cuidados que te permitem ir ao ginecologista apenas nas consultas de rotina.
Evite usar roupas apertadas, que abafem a região íntima:
É claro que às vezes não tem jeito. No inverno, por exemplo, é inevitável usar calças jeans e muitas camadas de roupa. Mas você pode usar roupas mais soltinhas no resto do ano.
Leia também: 5 dicas para você colocar em prática nos dias mais quentes
Prefira roupa íntima de algodão:
O material sintético de algumas peças íntimas também abafa a região, sabia? Pode ser que as calcinhas de algodão não sejam as mais bonitas, mas dê preferência a elas no dia a dia. Assim, você evita alergias, mau cheiro e coceira.
Cuide da higiene, mas sem excessos:
Manter bons hábitos de higiene é fundamental para evitar doenças, mas o excesso pode ser prejudicial. Lavar a região íntima muitas vezes ao dia retira as bactérias que ajudam a proteger o local. Isso, por sua vez, deixa a área mais vulnerável para a invasão de fungos e bactérias que causam doenças.
Evite usar sabonetes íntimos:
E o motivo é o mesmo que demos acima. Por mais que pareça correto, o sabonete íntimo altera o pH da região. Ou seja, o lugar fica sem as bactérias que o protegem de infecções e, portanto, com mais riscos de desenvolver doenças. Prefira um sabonete neutro, de preferência de glicerina.
Seque o xixi da frente para trás:
É possível que você tenha aprendido a forma errada de se secar depois de ir ao banheiro. Sempre seque da frente para trás! Nessa direção, você não leva as bactérias do ânus para a região vaginal. Por mais que estejam ali, próximas, elas são diferentes e podem causar doenças.
São hábitos simples, mas que te trazem muito mais conforto no dia a dia, já que ajudam a evitar doenças que podem até ser simples de tratar, mas de sintomas bem desagradáveis.
Não espere mais para ir ao ginecologista
Você leu até aqui e já sabe que precisa ir ao ginecologista, mas ainda não tem um profissional de confiança?
Sabemos que agendar uma consulta pelo SUS não é o ideal. Os médicos sempre mudam ou nem ao menos estão disponíveis e são meses até conseguir um horário…
Já os planos de saúde têm preços cada vez mais altos e o serviço nem sempre está de acordo com o que é cobrado, não é? Das consultas particulares, então, nem se fala: estão fora da realidade da maioria dos brasileiros.
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