Você sabe o que é endometriose

Você sabe o que é endometriose?

Há pouco tempo, a cantora Anitta passou por uma cirurgia para tratar de endometriose. A atriz Larissa Manoela também revelou que sofre da doença, além de ter ovários policísticos.

É muito importante que celebridades como elas falem sobre endometriose. Afinal, apesar de ser uma doença que afeta muitas mulheres em idade reprodutiva, quase 70% das brasileiras não sabem quais são seus sintomas.

Mulher branca, magra, usando uma calcinha branca, segura com a mão direita um útero de papel na região onde fica o útero. A imagem mostra apenas seu corpo, da região da cintura até o meio das coxas. A mão esquerda está estendida do lado do corpo e o fundo da imagem é rosa.

Por isso, neste post vamos contar um pouco mais sobre a doença e tirar suas dúvidas sobre ela.

Continue a leitura se quiser saber mais!

O que é endometriose?

Antes de explicar o que é a endometriose, você precisa entender como funciona o sistema reprodutor feminino. A parte de dentro do útero se chama endométrio. A cada período fértil, ele se prepara para uma gestação, criando um ambiente apropriado para receber o óvulo fecundado.

Quando isso não acontece, o corpo elimina as células do endométrio pela menstruação e esse ciclo se repete mensalmente.

A endometriose, por sua vez, é quando essas células aparecem não só no útero, mas em outros lugares, como a cavidade abdominal. Como não estão no “lugar certo”, isso gera uma inflamação – e é por isso que as mulheres sentem tanta dor.

Além da parte de fora do útero e ovários, a endometriose pode atingir outros órgãos também. Os principais deles são a bexiga e o intestino grosso.

A endometriose é hereditária?

O que a ciência já sabe é que a endometriose é uma doença autoimune, mas os cientistas ainda não sabem se passa de geração para geração. Mesmo assim, algumas pesquisas indicam que pode ter origem genética, sim.

Também já se sabe que o estilo de vida das mulheres e o fator ambiental podem causar a endometriose. Engravidar mais tarde ou não engravidar, se a primeira menstruação veio muito cedo, hábitos alimentares, sedentarismo… tudo isso pode ter a ver com a doença.

Sintomas

O principal sintoma da endometriose, mas que fica de lado, são as cólicas menstruais muito fortes. De fato, um dos maiores motivos do baixo número de diagnósticos da doença é a crença de que sentir dores fortes no período menstrual é normal.

Mulher negra, usando uma blusa amarela e calça branca, está deitada num sofá, com a cabeça apoiada em uma almofada. Ela está com as duas mãos cruzadas sobre o abdômen, com cólicas, um sintoma comum da endometriose.

Outro sintoma bastante ignorado é a dor durante a relação sexual, também devido à crença de que isso é normal. Além disso, muitas mulheres têm vergonha de falar sobre o assunto, mesmo com médicos. Portanto, se você sente dores muito intensas, que duram mais de dois dias, durante a menstruação, fique atenta! Dores intensas durante a relação sexual também não são normais.

Outros sintomas são:

  • Muito sangramento na menstruação
  • Inchaço abdominal
  • Dor ao evacuar
  • Diarreia ou constipação
  • Sangramento intestinal durante a menstruação
  • Dor ou sensação de necessidade frequente de urinar
  • Sangue na urina
  • Dor abdominal súbita e aguda

Nem todos eles aparecem ao mesmo tempo. Em outras palavras, você pode ter algum e não ter outros. Então, fique atenta! Muitas vezes o próprio médico suspeita de outras doenças e demora a considerar essa possibilidade.

E não se esqueça: a endometriose pode ser silenciosa e não manifestar nenhum sintoma. Por isso é tão importante estar em dia com as visitas ao ginecologista.

Leia também: Quando ir ao ginecologista? Tenha a resposta para essa e outras dúvidas comuns

Quando a endometriose é considerada grave?

Existem diversos estágios da endometriose, do leve ao grave. Este último leva em conta principalmente três fatores: o número de focos de células de endométrio fora do lugar (chamados de endometrioma), se elas afetaram outros órgãos superficialmente ou de maneira mais profunda e onde esses focos estão localizados.

É importante dizer que a doença é progressiva. Isso significa que, se não for tratada, ela pode aumentar e atingir outros órgãos do corpo, como o pulmão, o coração e até mesmo o cérebro. Por isso o diagnóstico correto e o tratamento adequado são tão importantes.

Quem tem endometriose pode engravidar?

Essa é uma dúvida muito comum. E a resposta é que sim, pode. É claro que tudo depende do estágio e de como a doença está progredindo.

De maneira geral, é difícil que a gravidez venha por meios naturais. Aliás, muitas mulheres descobrem a doença justamente porque tentam engravidar e não conseguem! Portanto, o mais comum é que seja feita a reprodução assistida.

Durante a gestação, a doença pode ficar inativa e até entrar em remissão, apesar de não ser uma regra, afinal, os hormônios estão todos “bagunçados”.

Outra dúvida comum é se endometriose causa infertilidade. Nesse caso, depende. A forma grave da doença pode, sim, causar infertilidade se as células do endométrio bloquearem o canal por onde o óvulo passa. Entretanto, isso também pode acontecer com a forma leve, mas a ciência ainda não descobriu o motivo.

Médica ginecologista, branca, explica para outra mulher branca, de cabelos compridos, algo sobre o sistema reprodutor feminino. Ela segura um modelo de útero com ovários em uma das mãos e, com a outra, segura uma caneta, com o que aponta a parte interna do útero. Elas estão em uma sala toda branca, provavelmente um consultório médico.

Endometriose: como diagnosticar

Hoje, a maior parte dos diagnósticos de endometriose no Brasil é feita pelo ultrassom transvaginal.

Mas o primeiro passo, é claro, é marcar uma consulta com um ginecologista se você percebeu algum dos sintomas descritos aqui. Com a análise dos sintomas e uma avaliação física, o médico pode pedir exames mais precisos.

Com o ultrassom, muitas vezes já é possível fechar um diagnóstico e iniciar o tratamento. Entretanto, pode acontecer de o médico não ter certeza. Nesse caso, é preciso fazer uma raspagem dos focos suspeitos e o material coletado vai para uma biópsia. Só aí o diagnóstico é confirmado.

De qualquer forma, independente de qual seja o caminho, o primeiro passo é sempre procurar ajuda ao menor sinal de que algo não vai bem.

Tratamento

A endometriose não tem cura, mas pode ser controlada com alguns tratamentos. O mais comum é interromper o ciclo menstrual. Existem diversos medicamentos hormonais que fazem esse papel, bem como a pílula anticoncepcional combinada.

Em alguns casos, o ginecologista também pode indicar um DIU hormonal ou um implante subcutâneo. Como algumas pílulas, eles interrompem o ciclo menstrual e controlam os sintomas da endometriose.

Leia também: Colocar DIU dói? É seguro? Quanto custa? Saiba TUDO sobre o procedimento!

Existe, ainda, a cirurgia que remove os focos de endometriose (como o que fez a cantora Anitta). Em situações mais extremas, é feita a histerectomia completa, ou seja, a retirada do útero e dos ovários. Essa é uma medida que só deve ser considerada em último caso, já que ela prejudica a qualidade de vida da paciente.

Mudanças no estilo de vida, como sono, alimentação e atividade física, também são recomendadas.

Mulher negra, de cabelos soltos e volumosos, usando uma blusa branca, sorri enquanto olha por uma janela. Ela segura uma caneca branca com as duas mãos e a paisagem que ela contempla é de uma floresta. A adesão ao tratamento devolve a qualidade de vida das mulheres com endometriose.

Independente de qual seja o tratamento prescrito, o importante é que ele seja feito como o indicado para amenizar os sintomas e controlar a doença. Isso quer dizer que, se você tem dores, deve procurar um médico e investigar. Às vezes, tomamos sempre “um remedinho” achando que é uma dor normal e ela pode esconder um problema mais sério, não é?

Quando parar o tratamento?

Você pode se perguntar por quanto tempo o tratamento indicado pelo médico precisa ser feito. Talvez a resposta não seja o que você quer ler… lembra quando dissemos que a endometriose é uma doença progressiva? E que, além disso, não tem cura?

O que isso significa?

Se você descobrir que tem endometriose, deve ter acompanhamento médico durante toda a fase reprodutiva. Em outras palavras, deve manter em dia as consultas com o ginecologista e cumprir com a sua parte, fazendo o que ele sugerir. É claro que pode acontecer de você não se sentir bem com algum medicamento, e isso precisa ser dito. Só assim o profissional consegue ajustar tudo de maneira que você se sinta confortável e mantenha a doença sob controle.

Quando a mulher entra na menopausa, o normal é que a endometriose regrida. Mesmo assim, é importante continuar com o hábito de ir ao médico ao menos uma vez por ano. Assim, nenhum problema comum dessa fase da vida te pega de surpresa.

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