Um homem negro usando roupa azul e uma mulher loira estão abraçados, mostrando que o apoio é uma das formas de ajudar alguém com crise de ansiedade

10 dicas de como ajudar alguém com crise de ansiedade

Dados da OMS apontam que o Brasil é o país com mais pessoas ansiosas do mundo – 9,3% da população sofre com o problema. Por isso, é possível que, em algum momento, você precise saber como ajudar alguém com crise de ansiedade.

Neste post, vamos dar algumas dicas para que você não acabe atrapalhando a situação mais do que ajudando. Vamos lá?

 

O que é uma crise de ansiedade?

A ansiedade em si é um sentimento vago de medo, tensão ou desconforto que, geralmente, acontece antes de algum evento novo ou desconhecido. É normal que nos sintamos assim e a maioria das pessoas sente ansiedade em situações estranhas, que saiam um pouco da sua zona de conforto.

Entretanto, em alguns casos essa reação é desproporcional à situação – ou acontece mesmo sem nenhum evento que poderia desencadeá-la. Quando isso ocorre, a ansiedade se torna patológica e a pessoa pode ter crises.

Ao contrário do que muitos pensam, essas crises não são apenas “coisa da cabeça” de ninguém: ela causa sintomas físicos como taquicardia, sudorese, palpitação e outros que, a princípio, você nem relacionaria a uma crise de ansiedade. Entre eles estão, por exemplo, desarranjos intestinais e dores de cabeça, como a enxaqueca.

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Mulher branca sentada no chão, apoiada em um sofá, com o rosto entre as mãos.

Dicas de como ajudar alguém com crise de ansiedade

É importante saber identificar quando alguém está tendo uma crise de ansiedade pois, dessa forma, você consegue ajudar a pessoa a passar por esse momento sem se tornar mais um foco de estresse. Confira algumas dicas:

 

Não fale que vai ficar tudo bem

Por mais que seja uma atitude bem intencionada, muitas vezes a pessoa sabe que está em uma crise e que ela não faz sentido. Ela não precisa ouvir que “vai ficar tudo bem”, que “vai passar” e frases de otimismo; isso pode agravar o problema, já que ela pode não se sentir acolhida.

 

Não tenha uma reação raivosa ou irritada

Isso vale principalmente para quem convive com uma pessoa que tem crises de ansiedade recorrentes. Reagir com irritação à crise vai deixar a pessoa mais ansiosa, já que ela não escolheu isso. Se você não está num dia bom e não está em condições de acolher, procure não se envolver.

 

Evite criar situações que causam ainda mais tensão

Se você convive com alguém que tem crises frequentes, em hipótese alguma crie situações de tensão. Estamos falando, por exemplo, em falas como “preciso falar com você”, sem adiantar o assunto. Não atender ligações ou demorar muito para responder mensagens também são atitudes que devem ser evitadas.

 

Ofereça uma bebida calmante – mas jamais alcoólica

Pode ser um chá de camomila, de folhas de maracujá ou alguma outra do agrado da pessoa. Talvez as propriedades calmantes da bebida não surtam muito efeito, é verdade, mas fazer com que a pessoa se sinta cuidada pode fazer diferença no momento da crise. E lembre-se: em hipótese alguma ofereça bebidas alcoólicas! Elas podem mascarar os sintomas a princípio, mas a longo prazo agravam as crises.

 

Convide a pessoa para alguma atividade prazerosa

O ideal é que seja alguma atividade que movimente o corpo, ainda que só um pouco. Convide-a para dar uma caminhada pelo bairro, por exemplo, ou algo que ela goste de fazer, mesmo que não envolva atividade física. Mas tenha sensibilidade e não force: se ela se recusar, espere mais um pouco e reforce o convite.

 

Relembre bons momentos ou retome projetos para o futuro

Isso também exige sensibilidade. A pessoa em crise de ansiedade está focada em situações de tensão e medo, então é interessante lembrá-la de que coisas boas aconteceram ou estão para acontecer. Mas é importante sentir se ela está receptiva para essas lembranças!

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Escute mais do que fala

Nem sempre a pessoa em crise quer ouvir conselhos. Muitas vezes, ela quer apenas ser ouvida e “extravasar”. Então, é fundamental saber a hora de escutar a pessoa e deixá-la falar como se sente, o que a angustia e o que mais ela quiser dizer. Isso pode, inclusive, ajudar a identificar os gatilhos das crises.

Duas mulheres brancas abraçadas, de costas para a câmera, olhando para o que parece ser um rio com a cidade ao fundo.

Ajude a pessoa a se conectar com o próprio corpo

Isso pode ser feito de diversas maneiras, mas as principais são por meio de um exercício físico (que não precisa ser intenso) e pelo controle da respiração. Se ela não estiver disposta a se exercitar, nem que seja sair apenas para uma caminhada, insista nos exercícios de respiração. Focar no próprio corpo é uma excelente maneira de controlar uma crise de ansiedade.

 

Incentive a terapia

Pode ser que a pessoa já receba atendimento de um psicólogo, pode ser que ela faça tratamento apenas com um psiquiatra e pode ser que ela ainda não tenha buscado ajuda. Em qualquer circunstância, incentive a terapia! É importante que ela saiba que, por mais que você queira ajudar, não é um profissional capacitado que pode ajudar a diminuir a incidência das crises.

 

Saiba ficar em silêncio, apenas oferecendo sua companhia

Pode ser que a pessoa não queira ouvir conselhos e também não queira conversar, e tudo bem. Ofereça apenas sua companhia e acolhimento, sem forçar uma reação dela, um diálogo ou qualquer outra interação. Deixe que ela se aproxime se e quando sentir mais confortável.

 

Como ajudar alguém com crise de ansiedade por mensagem

Com a internet no nosso dia a dia, é possível que você precise saber como ajudar alguém com crise de ansiedade online, por mensagem de texto ou videochamada. Nesse caso, é evidente que algumas dicas não servem. Afinal, você não pode chamar a pessoa para uma caminhada ou oferecer uma bebida a ela.

Nesses casos, procure ser honesta: se não puder falar no momento, explique o real motivo para não aumentar a angústia e não deixar a pessoa esperando minutos ou horas pelas suas mensagens.

De maneira geral, todas as dicas sobre escuta ativa e acolhimento são válidas para essa situação. Tente não invalidar os sentimentos da pessoa, não reagir com raiva ou irritação e nem apelar para uma positividade vazia. Deixe que ela compartilhe o quanto se sentir confortável e responda sempre com sensibilidade e gentileza.

 

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