É verdade que a vida melhorou muito depois que a ciência descobriu diversos medicamentos. Afinal, graças a eles que tivemos a cura de várias doenças e conseguimos aliviar os sintomas de outras. Só que muita gente ignora os riscos da automedicação e o que era um benefício se torna um problema.
O assunto é tão importante que o Ministério da Saúde lançou uma cartilha orientando o uso correto de medicamentos. Você pode conferir o texto completo aqui, mas vamos trazer os pontos mais importantes neste post.
Vamos lá?
O hábito de ter medicamentos em casa
Quase todo mundo tem em casa uma pequena “farmacinha” particular. Nela, não achamos apenas remédios de venda livre, ou seja, aqueles que compramos sem receita médica. De fato, é bem comum encontrarmos medicamentos controlados que sobraram ou foram “presente” de algum parente.
E já que temos à disposição tantas soluções para dores e desconfortos, por que não usar, não é mesmo? A maioria de nós ignora os riscos da automedicação e recorre ao pequeno estoque caseiro quando tem algum problema. E aí que entra a automedicação.
Mas, afinal, o que é isso? Como o nome sugere, é se medicar por conta própria, sem consultar um médico antes. O mais comum é usar remédios para tratar sintomas simples, que aparecem no dia a dia. É o caso, por exemplo, de dores de cabeça, nas costas ou dor de estômago.
Outra situação é a de repetir um tratamento que você já fez, em outro momento. Por exemplo, uma vez você teve uma infecção de urina. O problema aconteceu de novo, você se lembrava do antibiótico que usou e sabe de uma farmácia que vende sem receita médica. Isso é se automedicar.
Foi só um exemplo, é claro, mas é algo que acontece bastante. Seja por indicação de alguém, seja porque você viu na internet, sempre que toma um remédio sem indicação médica, você está se automedicando.
Os principais riscos da automedicação
Por mais que muitos medicamentos pareçam inocentes, ainda mais se já os tomamos antes, não é tão simples assim. Um dos maiores riscos de se automedicar é que várias doenças podem ter sinais e sintomas parecidos. Quer ver?
Uma dor de garganta, por exemplo, pode acontecer por vários motivos. Pode ser que você tenha usado demais sua voz, uma infecção ou até mesmo covid-19. Em cada um desses casos, o tratamento é diferente. Mas, se você tomar um comprimidinho que vai fazer a dor desaparecer, o real problema pode piorar.
Outro risco, comum em casas com crianças ou idosos, é confundir os medicamentos. Crianças podem ingerir pílulas “bonitas” porque pensam que são doces. Por sua vez, os idosos podem confundir as embalagens e até mesmo se medicar com algo perigoso!
Além disso, existe o perigo de ingerir medicamentos vencidos ou danificados. No melhor cenário, isso apenas fará com que ele não tenha efeito algum, mas você pode ter reações adversas ou alergias. Aliás, as reações alérgicas e intoxicação são, por si só, um risco. Mesmo com remédios dentro da validade.
Pode ser que certo medicamento seja bom para a sua mãe ou sua vizinha. Entretanto, isso não quer dizer que vai ser igual para você. Nesse caso, em vez de tratar os sintomas ou a doença, ele pode causar mais desconforto e até levar à morte.
Doses tóxicas: um dos maiores riscos da automedicação
Durante a pandemia de covid-19, muitas pessoas recorreram ao uso de hidroxicloroquina e ivermectina sem prescrição médica. E o excesso cobrou o seu preço: há relatos de vários casos de falência hepática e renal. Ou seja: o fígado e os rins dessas pessoas pararam de funcionar, pois foram sobrecarregados.
No nosso Instagram, o Dr. Marcos de Toledo Jr., médico cardiologista, relatou um caso em que o excesso foi fatal – e era uma paciente jovem. Você pode conferir o recorte da entrevista clicando aqui.
Isso acontece porque a medicação passa nosso fígado e nossos rins “filtram” o medicamento e fazem o papel de eliminá-los do corpo. Quando você toma uma dose muito alta de algum remédio, eles recebem um trabalho extra e não conseguem dar conta de tudo. Assim, as substâncias tóxicas vão acumulando e o resultado é que eles param de funcionar.
Então, não basta saber apenas qual remédio tomar, mas também a dosagem. E só um médico pode dar essa informação corretamente!
Idosos, crianças e outros grupos: riscos da automedicação
Alguns grupos de pessoas, como idosos, crianças, gestantes ou lactantes etc. precisam prestar ainda mais atenção antes de ingerir qualquer medicamento.
Isso porque a resposta do organismo é bem diferente daquela que tem o corpo de um adulto saudável. No caso de gestantes e lactantes, o cuidado deve ser redobrado, pois a saúde do bebê também está em jogo. Portanto, a mulher deve seguir à risca qualquer orientação do médico quanto a medicações. Afinal, é o profissional que sabe quais não farão mal à mãe nem ao bebê.
Para as crianças, a resposta do corpo muda pois o organismo ainda está em formação. Existem medicações que vão prejudicar o desenvolvimento, por exemplo.
No caso de idosos, o risco de intoxicação e efeitos adversos aumenta, pois o avanço da idade compromete o funcionamento de alguns órgãos, o que é natural do envelhecimento. Assim, o corpo fica mais sensível aos compostos das medicações. Além disso, tratar sintomas é ainda mais perigoso na velhice, pois eles podem esconder doenças comuns da idade que podem se agravar sem uma visita ao médico.
Por isso, reforçamos mais uma vez: somente um médico pode dizer o que é o ideal para você!
Riscos da automedicação com fitoterápicos
Chamamos de fitoterápicos os remédios “naturais”, feitos apenas com ervas manipuladas. Existe uma crença popular de que se é natural, não faz mal, mas isso não é verdade!
Por exemplo, existem casos relatados na literatura médica de pessoas que morreram por conta de “chás emagrecedores”. Por mais que os “atalhos” para emagrecer sejam os que fazem mais vítimas, não é o único caso.
Se não tiver moderação, remédios naturais para dores de cabeça, cólicas, até mesmo para “acalmar” podem ser bem perigosos. Isso vale tanto para cápsulas e comprimidos manipulados quanto para a ingestão de chás e alimentos com propriedades medicinais.
Ou seja: se você comprou como medicamento, tenha cuidado.
Leia também: Emagrecimento saudável: perca peso sem correr riscos
Medicamentos que pedem o dobro de atenção
Algumas classes de medicamentos, vendidas somente com receita médica, pedem ainda mais cuidado. Se são vendidos somente com receita, é porque existe um motivo, concorda?
Remédios para emagrecer estão nessa categoria. Não importa se sua amiga consegue na farmácia de um parente ou se uma vizinha tomou e foi ótimo. Muitos nem são autorizados pela Anvisa, o que quer dizer que são perigosos. Entre os que são, só devem ser tomados com prescrição e acompanhamento médico, pois podem ter efeitos adversos sérios.
Outra classe de medicamentos que pede cautela são os antidepressivos, calmantes e medicação para insônia. Você não deve comprar sem receita em hipótese alguma, mesmo que seja fácil conseguir. São medicações perigosas, que podem causar dependência e até mesmo sequelas no cérebro se forem usadas errado.
Por fim, você também precisa tomar cuidado com antibióticos, indicados para tratar doenças causadas por bactérias. E você sabe por que deve prestar atenção no consumo dessa classe de remédios? Se você não segue a recomendação do médico para usar antibióticos, pode ser que nem todas as bactérias invasoras morram. As sobreviventes serão as mais fortes e elas vão dar origem a outras, também mais fortes. E como você acaba com elas? Isso mesmo: com remédios mais fortes.
Como evitar os riscos da automedicação?
Bom, se é tão perigoso se automedicar, o que fazer? Afinal, às vezes temos uma dor que não é tão alarmante a ponto de procurar um médico… e a “farmácia doméstica” pode ajudar tanto! Mas contenha o impulso de tomar qualquer remédio.
Em primeiro lugar, você pode cuidar da sua imunidade. Tenha uma alimentação saudável, com a maior variedade de alimentos que conseguir, e isso já ajuda muito a melhorar alguns sintomas que são consequência de má alimentação, falta de nutrientes etc.
Leia também: Imunidade baixa: 11 sinais para prestar atenção e se prevenir
Inserir exercícios físicos na sua rotina também reduz, e muito, várias dores que surgem no cotidiano. Estamos falando de dores de cabeça, dores no corpo… muitas delas são apenas consequência do sedentarismo, sabia? Se elas melhorarem, o uso de medicamentos também diminui.
Por fim, fique atenta aos sintomas que fazem você se automedicar. Ter uma dor de cabeça de vez em quando é normal. Porém se ela se repete todos os dias, com muita intensidade, você deve investigar o que está acontecendo, e não tomar comprimidos diariamente.
Fique em dia com a sua saúde e fuja dos riscos da automedicação!
O Cartão Beneficiar quer te ajudar a ficar com a saúde em dia e fugir dos riscos da automedicação. Nossos beneficiados têm consulta médica, odontológica e exames com valores realmente acessíveis, sabia?
Assim, você consegue investigar qualquer coisa que não esteja indo muito bem e atacar o problema pela raiz. Melhor que isso, você também conta com nutricionistas e psicólogos parceiros. Dessa forma, tem muito mais qualidade de vida e não precisa se medicar sem necessidade.
Bom, né? Para saber como fazer sua adesão, completamente online, basta clicar no banner abaixo.