Se você ou alguém próximo foi diagnosticado com diabetes recentemente, é natural ter dúvidas sobre a doença, inclusive sobre se o diabetes tem cura.
Neste post, vamos esclarecer as principais delas e dar algumas dicas para evitar as complicações que a doença pode trazer. Continue a leitura para saber mais!
O que é o diabetes?
Diabetes Mellitus, ou apenas diabetes, é uma doença que consiste na elevação da taxa de glicose no sangue – também chamado de hiperglicemia. Ela está totalmente relacionada com a produção de um hormônio chamado insulina, produzido no pâncreas, que é fundamental para promover a entrada da glicose nas células e, assim, ser aproveitada pelo organismo.
Acontece que, às vezes, por um defeito na produção do hormônio ou a falta dele, esse processo fica comprometido. Isso eleva os níveis glicêmicos do organismo, pois o corpo não consegue distribuir a glicose pelas células e ela se acumula no sangue. Assim temos o diabetes.
O diagnóstico é feito por exames laboratoriais, normalmente medindo a glicemia do paciente, e deve ser solicitado por um médico. Caso dê positivo, o ideal é repetir o exame para confirmar o resultado.
Diabetes tipo I
É uma forma mais rara da doença, autoimune, que acontece porque o organismo identifica as células produtoras de insulina como corpos estranhos. Por isso, ele as combate e lesa essas células de uma forma irreversível.
Normalmente, é diagnosticada logo na infância e entre pacientes mais jovens e corresponde a apenas 5 a 10% dos casos da doença.
Entre seus principais sintomas, estão:
- Vontade frequente de urinar;
- Sede e fome constantes;
- Perda de peso;
- Fraqueza e fadiga;
- Sintomas neurológicos, como nervosismo e mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Diabetes tipo II
Causada pela resistência que o corpo adquire à insulina ao longo dos anos, é o tipo mais comum da doença e ocorre em aproximadamente 90% dos casos de diabéticos. Ainda não se sabe exatamente quais fatores são decisivos para que alguém desenvolva o diabetes tipo II ao longo da vida, mas já é de conhecimento da medicina que alguns fatores de risco são a obesidade e o sedentarismo, além da própria predisposição genética.
É mais comum em adultos e idosos. Mas, devido ao aumento da obesidade infantil nos últimos anos, os casos de crianças com diabetes tipo II estão aumentando também.
Entre seus sintomas, podemos destacar:
- Vontade frequente de urinar;
- Sede e fome constantes;
- Formigamento dos pés e mãos;
- Infecções frequentes, principalmente do trato urinário e pele;
- Feridas de difícil cicatrização;
- Visão embaçada.
Diabetes gestacional
É um tipo mais específico da doença, geralmente diagnosticado durante a gestação e que pode ou não acabar ao término da gravidez. O ideal é que, no 3º trimestre de gravidez, a gestante já seja submetida a exames que ajudem a identificar o diabetes gestacional.
Em casos de pacientes obesas, que já tiveram perda gestacional ou má formação fetal, histórico de diabetes gestacional anterior ou na família, a investigação deve ser feita mais cedo.
Entre seus sintomas, destacamos:
- Ganho de peso excessivo (da gestante ou do bebê);
- Vontade frequente de urinar;
- Infecções frequentes, principalmente do trato urinário e pele;
- Excesso de apetite;
- Náuseas;
- Sede e boca seca;
- Fadiga e cansaço.
Perda de membros, cegueira… por que diabetes causa isso?
Além de saber se diabetes tem cura, outra dúvida comum é sobre as complicações da doença. Por que ela causa cegueira, amputação de membros, problemas renais e diversos outros problemas, inclusive o risco aumentado de AVC?
A resposta tem a ver com os níveis glicêmicos muito elevados que o diabetes causa. Se esses níveis ficam altos por muito tempo, os vasos sanguíneos se estreitam e o sangue não consegue chegar em várias partes do corpo. As extremidades, como você pode imaginar, são as mais afetadas.
É por isso que, caso a doença esteja descontrolada, a pessoa tenha uma perda gradual da visão (chamada de retinopatia diabética); tenha danos no fígado, rins (em alguns casos, danos permanentes que levam à necessidade de se fazer uma diálise), problemas neurológicos…
Esse também é o motivo das amputações: com lesões nos nervos, a pessoa sente menos sensibilidade nas extremidades, que já são afetadas pela má irrigação do sangue. Esse problema de irrigação compromete a cicatrização dos tecidos, e isso somado à predisposição da pele de ter mais infecções acaba exigindo uma enorme atenção da pessoa diabética para úlceras e ferimentos. Caso um profissional capacitado não os trate adequadamente e o paciente não controle os níveis glicêmicos, o risco de amputação é enorme. Aliás, essa é a maior incidência de amputação de membros, mais até do que acidentes, sabia?
Por isso, recomenda-se que pessoas diabéticas evitem até mesmo cortar as unhas sozinhas. Normalmente, profissionais como o podólogo são treinados para cuidar de pés diabéticos e tratar os problemas mais comuns desencadeados pela doença.
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Diabetes tem cura?
Se você leu até aqui, está realmente interessada em saber se o diabetes tem cura. Então, chega de suspense: não, infelizmente não tem cura para o diabetes.
No caso do tipo I, por se tratar de um quadro autoimune, existem diversos estudos que procuram tratar o diabetes com o uso de células-tronco, para mudar a resposta do organismo quanto às células produtoras de insulina. Ainda assim, são estudos experimentais e ainda inconclusivos.
Já o diabetes tipo II não tem cura, mas já se sabe que a doença pode entrar em remissão – que é quando ela já não manifesta mais nenhum sintoma e deixa de afetar a vida do paciente, mas ainda está ali. A diferença principal entre os dois cenários é que, se curada, a doença desapareceu e o paciente pode ter uma “vida normal”. No caso da remissão, o paciente recupera sua saúde e qualidade de vida com alguns cuidados, mas pode voltar a ter problemas se deixar esses cuidados de lado em algum momento!
Como controlar a diabetes
Se diagnosticado com diabetes, o paciente deve procurar um médico e, de preferência, também um nutricionista para ter controle da doença. Mas já podemos adiantar que adotar hábitos saudáveis é decisivo para ter qualidade de vida mesmo depois do diagnóstico!
Mudanças na alimentação e a prática de atividades físicas são altamente recomendadas para pacientes diabéticos. Mas apenas a equipe especializada pode definir qual é a dieta ideal e a melhor frequência de exercícios. Em alguns casos, é necessário usar medicamentos para baixar os níveis glicêmicos e mantê-los sob controle, evitando assim as complicações. Diabéticos do tipo I também precisam fazer aplicação de insulina via injetável, já que o corpo não produz o hormônio.
Também é fundamental medir a glicemia diariamente, para saber se a doença está descontrolada ou não.
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